Tantos falam em amor próprio
Ama-te, os outros de amarão,
Mas tenho meu ódio próprio
Odeio-me pelo que me tornei.
Então tu e todos me deixarão?
Pois que deixem!
De ninguém nunca precisei.
Bem verdade que deixei de precisar,
Mas que tolice! Eu preciso de ti
E é por isso que te odeio,
E me odeio muito mais!
Mas no fundo eu falo baixo:
É que te adoro e te desejo tanto...
Tanto desejo que te espanto,
Tanto desejo que me assusto,
Por não saber que eu seria capaz
De um sentimento tão estranho.
De estar tão viva e tão infinita,
Tão infinita por tua culpa,
Que me perco em mim mesma,
Que descobri ser tão viva
Com as mesmas mãos frias,
As mesmas mãos que tremem.
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