Chove sem cessar, e
Como a água cai a inspiração vêm à mim.
Eu penso em ti sem cessar
Já é tarde, será que estás comigo a sonhar?
Minha insônia e meu sentimento
Conduzem a caneta, esta doença
É o mal de todo ser que pensa -
E o silêncio transforma o papel em tormento.
Remédios! Não modificam a personalidade.
Poderia tomar milhares e no fim seria Eu, ainda.
E venho aqui escrever de saudade,
Nos teus carinhos adormeceria - completa-me, acalenta meu espírito!
Abraça-me, beija-me, aperta-me contra ti assim!
Sacia-me; deito o rosto no teu peito...
Nesta última década o amor retorna a mim,
Sacro, imaterial, desumano, como há de ser.
Se não fosse de nós, de ninguém mais seria.
Já que para todos beira a fantasia...
Amor de minha vida e além! Além mundo,
Sinto de meu sangue o impulso e o calor que encontra o teu!
Quando adentramos por nossos muros,
Onde a luz á tudo percorre e o frio não existe,
Estamos em uma imensidão que nada atinge,
Somos livres, juntos em nosso lugar, nossa Vênus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário