Nada tocam teus dedos finos,
Nada imploram teus lábios frios.
Teus pés já cansados, calejados,
Dos círculos, o fim é o início.
O tempo passa, os rostos ficam
A saudade é o alimento, amam
Os que ficam e que vão,
Lágrimas por quem foi envão.
A natureza do homem de alma negra
É límpida falsa água, luz negra.
A escuridão dos bons que lutam,
As mães que ficam e os filhos órfãos.
Sorrir em meio a guerra, suprema
A vida que corre em meio as vêias.
A angústia que sobra, na interna
Dúvida de nossa falta de fé.
Homens de um século descrente,
Serão vós sábios ou outra vez
Centenas de homens manipulados?
Terão vós vontade de sobrevivencia?
O suficiente para continuar e lutar.
Sob paus e pedras, em toda direção,
Vidro ensangüentado pelo chão.
Homem sábio de que te vale viver?
O que tens nas mãos não te dará eternidade,
Mas os teus ideais, a glória alcançada
Não termina em tua morte, em tua queda.
As lágrimas podem ser dolorosas,
Por que amor resulta a saudade,
Mas tudo que é puro e real
Perdura por toda a eternidade.
Multiplica teu valor, HONRA-TE!
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